7.2. Papéis e Responsabilidades
Desenvolver claramente os papéis e responsabilidades dentro da estrutura de segurança cibernética é fundamental para garantir que todas as áreas críticas sejam cobertas e que haja uma distribuição adequada de tarefas e responsabilidades.
Chief Information Security Officer (CISO)
Descrição do Papel: O CISO é o líder responsável pela estratégia de segurança cibernética da organização, supervisionando todas as iniciativas de segurança e gerenciando a equipe de segurança.
Responsabilidades Principais:
Desenvolver e implementar a estratégia de segurança cibernética da organização.
Avaliar constantemente as ameaças cibernéticas e implementar controles para mitigar riscos.
Garantir conformidade com regulamentações de segurança e privacidade de dados.
Supervisionar a resposta a incidentes de segurança e planos de continuidade de negócios.
Relatar regularmente à alta administração sobre o estado da segurança cibernética e as iniciativas em andamento.
Equipe de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (ETIR)
A Equipe de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos (ETIR) é um grupo especializado dentro da organização, responsável por monitorar, identificar, responder e mitigar incidentes de Segurança cibernética. A função principal da ETIR é garantir que a organização esteja pronta para lidar de forma eficaz com a dinâmica das ameaças digitais, minimizando os impactos e reduzindo os riscos de exposição de dados, informações e sistemas críticos.
A ETIR integra a estratégia de cibersegurança de uma organização, assegurando que ela esteja preparada para enfrentar e responder de maneira eficaz às ameaças cibernéticas em constante evolução. Sua atuação ajuda a minimizar os riscos e a manter a integridade das operações e dos ativos de informação.
A Política Nacional de Segurança da Informação, estabelece que as organizações da Administração Pública Federal devem instituir e implementar uma ETIR:
"Art. 15. Aos órgãos e às entidades da administração pública federal, em seu âmbito de atuação, compete: VII – instituir e implementar equipe de tratamento e resposta a incidentes em redes computacionais, que comporá a rede de equipes formada pelos órgãos e entidades da administração pública federal, coordenada pelo Centro de Tratamento de Incidentes de Redes do Governo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;"
A Request for Comments (RFC) 2350 estabelece padrões para a descrição de Equipes de Tratamento e Resposta a Incidentes. O documento estabelece a forma como as Equipes devem apresentar suas informações e capacidades ao público e a outras entidades, conforme publicado em: https://datatracker.ietf.org/doc/html/rfc2350
2. O principal objetivo da RFC 2350 é definir um formato consistente para a documentação das operações, serviços e políticas das ETIR, disponibilizando informações sobre suas funções, tipos de incidentes que lidam, formas de contato e outros dados relevantes.
(Sugestões de links do Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital: Implantação de ETIR e ETIR as a Service, onde você também pode ver os serviços disponíveis e fazer solicitações.)
Equipe de Segurança Cibernética
Analista de Segurança: Responsável por monitorar e analisar sistemas de segurança para detectar possíveis ameaças e vulnerabilidades. Realiza investigações em caso de incidentes de segurança.
Engenheiro de Segurança: Encarregado de projetar, implementar e manter medidas de segurança cibernética, como firewalls, sistemas de detecção de intrusões (IDS), e políticas de segurança de rede.
Especialista em Forense Digital: Realiza investigações forenses em caso de incidentes de segurança, coletando e analisando evidências digitais para determinar a causa e impacto do incidente.
Analista de Risco: Avalia continuamente os riscos de segurança cibernética enfrentados pela organização, identificando e priorizando áreas críticas que requerem mitigação.
Equipe de TI e Outros Departamentos
Administrador de Sistemas: Implementa patches de segurança, configurações de segurança e medidas de proteção em sistemas e aplicativos.
Desenvolvedores de Software: Responsáveis por incorporar práticas de segurança no ciclo de vida do desenvolvimento de software, garantindo que os aplicativos sejam seguros desde o início.
Usuários Finais: Têm a responsabilidade de seguir as políticas de segurança da organização, participar de treinamentos de conscientização e relatar qualquer atividade suspeita.
Alta Administração e Stakeholders
CEO e Diretoria Executiva: Fornecem suporte e direção estratégica para iniciativas de segurança cibernética, garantindo que recursos adequados sejam alocados e que a segurança cibernética seja uma prioridade organizacional.
Comitê de Segurança Cibernética: Supervisiona as atividades de segurança cibernética, revisa políticas e procedimentos, e fornece orientação estratégica.
Benefícios da Definição Clara de Papéis e Responsabilidades
Clareza de Funções: Garante que cada pessoa compreenda suas responsabilidades específicas em relação à segurança cibernética.
Eficiência Operacional: Facilita a coordenação entre equipes e departamentos, promovendo uma abordagem integrada e eficaz para a segurança.
Responsabilidade Accountability: Promove a responsabilidade individual e coletiva pela segurança cibernética dentro da organização.
Desafios e Considerações
Evolução das Ameaças: Manter os papéis e responsabilidades atualizados para lidar com novas ameaças cibernéticas e tecnologias emergentes.
Cultura Organizacional: Fomentar uma cultura de segurança cibernética onde todos os funcionários entendam e apoiem iniciativas de segurança.
Colaboração Interdepartamental: Promover a colaboração eficaz entre equipes de segurança cibernética, TI e outros departamentos para garantir uma defesa holística contra ameaças cibernéticas.
Conclusão
Definir claramente os papéis e responsabilidades dentro da estrutura de segurança cibernética é essencial para o sucesso das iniciativas de proteção de dados e mitigação de riscos. Ao atribuir responsabilidades específicas, garantir clareza de funções e promover uma cultura de segurança cibernética, as organizações podem fortalecer sua postura de segurança e responder de forma eficaz às ameaças digitais em constante evolução.
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